terça-feira, 23 de outubro de 2007

Beth Wagner


Dá-se inicio a palestra de Beth Wagner, coordenadora do CRA, órgão que está completando bodas de prata, 25 anos de existência, na gestão de recursos ambientais. Em principio Beth discorre acerca da lei de recursos hídricos criada há 10 anos, onde a água passa a ser tratada como uma commodity. Ela passa de bem comum a produto de mercado com acesso restrito.

Segundo Beth, há uma grande fragmentação nos órgãos públicos de gestão ambiental, o que dificulta a adoção de medidas no setor. Torna todo o processo uma prova de “burrocracia”. Ela cita como exemplo o problema de um empreendedor que precisou de nove anos para obter uma licença. Há a necessidade de racionalizar o sistema. No Rio de janeiro, houve uma união dos órgãos responsáveis pela conservação e utilização dos recursos ambientais, agilizando e simplificando os processos.

A palestrante cita Milton Santos que, apesar de não ter se referido diretamente ao meio ambiente, foi um homem de pensamentos civilizatórios, possibilitando, portanto sua associação com idéias de vivência em conjunto com o meio. Deve haver uma incorporação das idéias do intelectual baiano às de defesa ao meio ambiente.

O Brasil como o quarto maior contribuinte para o aquecimento global deve assumir uma posição de defesa ao planeta e alterar sua posição no quadro planetário referente a poluição. Para tanto a Bahia adota medidas como a recuperação do antigo papel do SEMAR em mapear zonas ecológicas do estado. Há também o quadro de descarbonização da Bahia. Segundo Beth Wagner até “o próprio avião do governador está descarbonizado”.

Com relação à mídia, Beth Wagner, enfatiza a necessidade de honestidade e compromisso para com um assunto que se tornou pauta constante. Os jornais não podem dizer que a Petrobrás é a culpada por um desastre na baía de todos os santos quando isso não é verdade.

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