terça-feira, 23 de outubro de 2007

Equipe

Estamos encerrando as transmissões ao vivo do Compoli. Evento produzido pelas turmas de Comunicação e Política (01) e Comunicação e Poder, coordenadas pelo professor Doutor Fernando Conceição.

Agradecemos o apoio da Pro-reitoria de extensão da UFBA, a ABI (Associação Bahiana de Imprensa), a delicatessen Bella Massa, ao restaurante Nirá, a cantina de Tia Del e à produtora Jr. da Facom.

Equipe de reportagem responsável pela transmissão do evento no blog
-Eric Luis Carvalho
-Patrick Ferreira
-Thiago Pereira

Equipe de fotografia
-Rebeca Bastos
-Juliana Souza

"Seremos a potência da energia renovável."

O professor José Walter Bautista Vidal começa sua palestra dizendo que o mundo está próximo de entrar em colapso. E o Brasil, de forma pioneira, descobriu uma forma mais limpa de energia, cujo interesse é mundial.

Vidal fala de algumas experiências no interior de são Paulo, com a criação de pequenas usinas de forma quase auto-suficiente, usando como combustível a cana produzida na própria região.

Em contato com o “Big Boss” da Texaco, no Texas, na década de 70, o professor começou a pensar numa alternativa para a crise do petróleo pelo qual o mundo estava passando na época.

“A primeira idéia do Proálcool foi usar o tempo ocioso dos usineiros. Hoje o Brasil é o único país portador de um modelo de energia alternativa eficaz para a substituição do petróleo. ‘Nós somos o novo Iraque, mas sem bombas nós temos dólares’.”

“Seremos os maiores produtores de energia alternativa, porém permaneceremos na mão de países estrangeiros. Temos que fazer uma revolução social neste país. Tirar a produção de grandes empresas e entregá-las a pequenos produtores. Temos também que criar uma empresa de economia mista para proteger o micro produtor. Pois se não o fizermos ele vende a terra na primeira oportunidade que aparecer.”

“A conquista do mercado é uma guerra, porém temos o mercado de energia em nossas mãos. Somos beneficiados geograficamente e temos que investir nesse nosso privilégio. O governo lula está fazendo o inverso, ao invés de investir nessas novas tecnologias, paga bilhões para a construção de gasodutos, fonte com a qual não temos muita desenvoltura.”

“Há um projeto em tramitação no congresso que defende a possibilidade de em 10 anos não usarmos mais derivados de petróleo nos veículos. Isso é um mercado enorme. Pra atender, precisamos de investimento, expansão. Temos uma oportunidade histórica única de nos transformarmos numa das maiores potenciais energéticos do mundo.”

J. W. Bautista Vidal

Após a suspensão de seu vôo no aeroporto de Cuiabá o físico, J. W. Bautista Vidal, chega ao auditório da Faculdade de Comunicação onde foi recebido com um salva de palmas.

Coffee-break




Beth Wagner


Dá-se inicio a palestra de Beth Wagner, coordenadora do CRA, órgão que está completando bodas de prata, 25 anos de existência, na gestão de recursos ambientais. Em principio Beth discorre acerca da lei de recursos hídricos criada há 10 anos, onde a água passa a ser tratada como uma commodity. Ela passa de bem comum a produto de mercado com acesso restrito.

Segundo Beth, há uma grande fragmentação nos órgãos públicos de gestão ambiental, o que dificulta a adoção de medidas no setor. Torna todo o processo uma prova de “burrocracia”. Ela cita como exemplo o problema de um empreendedor que precisou de nove anos para obter uma licença. Há a necessidade de racionalizar o sistema. No Rio de janeiro, houve uma união dos órgãos responsáveis pela conservação e utilização dos recursos ambientais, agilizando e simplificando os processos.

A palestrante cita Milton Santos que, apesar de não ter se referido diretamente ao meio ambiente, foi um homem de pensamentos civilizatórios, possibilitando, portanto sua associação com idéias de vivência em conjunto com o meio. Deve haver uma incorporação das idéias do intelectual baiano às de defesa ao meio ambiente.

O Brasil como o quarto maior contribuinte para o aquecimento global deve assumir uma posição de defesa ao planeta e alterar sua posição no quadro planetário referente a poluição. Para tanto a Bahia adota medidas como a recuperação do antigo papel do SEMAR em mapear zonas ecológicas do estado. Há também o quadro de descarbonização da Bahia. Segundo Beth Wagner até “o próprio avião do governador está descarbonizado”.

Com relação à mídia, Beth Wagner, enfatiza a necessidade de honestidade e compromisso para com um assunto que se tornou pauta constante. Os jornais não podem dizer que a Petrobrás é a culpada por um desastre na baía de todos os santos quando isso não é verdade.

Liliana Peixinho


A jornalista inicia sua palestra discorrendo acerca do “alerta mundial”. Para Liliana a terra está em chamas e tudo isso se deve à ação humana. O modelo de vida fincado no consumo desmedido é a causa deste cenário de aquecimento global e destruição ambiental. “É necessário o consumo consciente, comprar apenas o necessário”. Segundo Liliana Peixinho falta políticas publicas que levem a prevenção do desperdício.

A situação climática do planeta sofreu uma mudança drástica em 70 anos. Esta alteração se deve a ações humanas como o cultivo de monoculturas que acabam por empurrar as florestas causando o desflorestamento.

Com relação ao trabalho jornalístico voltado para o meio ambiente Liliana ressalta a necessidade de sensibilidade, seriedade, compromisso e coragem. Citando a imparcialidade como sendo um mito. O Jornalista deve assumir uma posição, no caso, a defesa ao meio ambiente.

Liliana sofreu perseguições no cumprimento do seu “dever ambiental” pelo interior do Brasil, sendo, inclusive, escoltada pela polícia federal em alguns momentos. Baseada em sua experiência, ela afirma a existência de uma perseguição aos profissionais que defendem a causa ambiental. Havendo inclusive a perda de ativistas.

A Jornalista é criadora do grupo AMA (Amigos do Meio Ambiente). E termina sua palestra mostrando fotos de diversas participações do grupo em diversas atividades de cunho ambiental.

Apresentação em Power Point usada na palestra
Propostas do AMA

Atraso do vôo

O mediador Fernando Conceição inicia o Compoli relatando uma o possível atraso do físico J. W. Bautista Vidal, que chegará por volta das 10hrs por conta de uma suspensão de vôo no aeroporto de Cuiabá.